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Isabel Salviano

Alerta social! Ansiedade tem adquirido caráter epidêmico no Brasil…

Segundo dados da Organização Mundial da saúde (2019), o Brasil é o país com maior número de ansiosos do mundo.

Você sabe o que é ansiedade e como lidar com ela?

Primeiramente é preciso diferenciar o medo da ansiedade. O medo é um estado neurofisiológico automático e primitivo de alarme, que acontece devido a percepção de um perigo ou ameaça a segurança e integridade do indivíduo. O medo é uma emoção primária básica ativada com o objetivo de proteção. Ansiedade é, na verdade, uma hiperativação deste complexo sistema de resposta de ameaça (também relacionado ao medo) a partir eventos ou circunstâncias antecipadamente interpretadas como aversivas e incontroláveis, e que poderiam potencialmente ameaçar os interesses vitais do indivíduo.

Eu consigo viver com ansiedade?

Em situações específicas como uma viagem importante ou uma apresentação em público, a ansiedade é algo esperado, já que de fato é algo novo, nos ajudando em uma melhor preparação para essas situações. Ou seja, a ansiedade é uma emoção fisiológica comum, presente em nossas vidas e com a qual é possível conviver.

Quando a ansiedade se torna prejudicial?

A ansiedade passa a ser prejudicial a partir da manutenção e constância de uma ativação inadequada e disfuncional, passando a ocorrer em situações corriqueiras (como subir um elevador, dirigir, falar com vizinhos etc). Esse processo gera uma ativação neurobiológica que prepara o corpo para lutar ou fugir, o que desencadeia sintomas como falta de ar, sudorese e taquicardia.

O indivíduo tende a avaliar diferentes situações, aparentemente inofensivas, de forma distorcida e ameaçadora, entendendo que tem poucos recursos para lidar com a suposta ameaça, potencializando e superelevando seu nível, o que gera muita preocupação e angústia. Por ser um padrão de comportamento crônico, os pacientes incorporam a vulnerabilidade como sendo algo da personalidade, o que pode gerar um sentimento de impotência e indefesa. Isso causa sofrimento psíquico importante, tornando o indivíduo disfuncional, comprometendo sua qualidade de vida.

Como tratar a ansiedade?

A psicologia tem avançado em estudos para compreensão desse fenômeno e desenvolvido diferentes maneiras de tratar os transtornos de ansiedade, existindo hoje diferentes técnicas que podem ser usadas no seu manejo. No entanto, é preciso frisar que todas elas devem ser usadas de uma forma criteriosa e cuidadosa, a partir do entendimento das características e do estágio do transtorno do paciente. Para isso o processo terapêutico tem uma importância singular.

Texto baseado em estudo em diferentes livros, cursos e artigos de relevância e evidências científicas comprovadas.

Isabel Salviano

REFERÊNCIAS

BARLOW, D. H. Manual clínico dos transtornos psicológicos: tratamento passa a passo. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2023. 761p.

CLARK, D. A.; BECK, A. T. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade. Porto Alegre: Artmed, 2012. 640p.

EILERT, N.; ENRIQUE A.; WOGAN R.; Mooney O.; Timulak L.; Richards D. The effectiv en essof Internet-delivered treatment for generalized anxiety disorder: Anupdatedsys tematic review and meta-analysis. DepressAnxiety. 2021 Feb;38(2):196-219

Curso de Formação em Terapia Cognitivo Comportamental e Psicologia Clínica. JT Psicologia, JT, Brasil.

Curso de TCC para Transtornos de Ansiedade: Tratamento Baseado em Evidências. Wainer Psicologia Cognitiva, WAINER, Brasil.

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