Vamos entender como os genes contribuem para a predisposição à depressão?
Estudos mostram que entre 40% e 60% dos fatores de risco para a depressão estão associados aos genes. Isso significa que certas variantes genéticas herdadas podem aumentar a vulnerabilidade a episódios depressivos.
Desequilíbrios entre os neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina e dopamina, afetam o humor, a energia e a capacidade de experimentar prazer, impactando diretamente a disposição para a depressão.
Pesquisas recentes revelam que o ambiente e as experiências pessoais (como traumas, tipo de criação e outras) podem influenciar a expressão de certos genes por meio de mecanismos epigenéticos. Esses processos podem ativar ou desativar genes, alterando o equilíbrio dos neurotransmissores no cérebro.
O cérebro possui neuroplasticidade, que é a capacidade de reorganizar suas conexões ao fortalecer ou enfraquecer sinapses com base em novas aprendizagens, experiências e intervenções, como a psicoterapia. Essa adaptação é influenciada por modificações epigenéticas que afetam como os neurônios e suas conexões se ajustam ao longo da vida.
Como a Terapia Transforma o Cérebro?
A psicoterapia atua diretamente nesse processo de neuroplasticidade. Ao desenvolver novas habilidades emocionais e formas de lidar com o estresse, a terapia fortalece conexões neurais saudáveis, promovendo bem-estar e resiliência.
Referências: Leahy, Robert L. Vença a depressão antes que ela vença você. Porto Alegre: Artmed, 2015.